(“Sou como soca de cana: não adianta me cortar
que nasço de novo”. – de um poeta nordestino cujo
nome não me lembro)
Vou a Natal
após 25 de dezembro.
Nada levo na bagagem
assim como não espero
encontrar nada
nem ninguém
a minha espera.
Vou a Natal
já sinto o cansaço antecipado
das muitas andanças
pelas ruas que passei
quando guri.
Vou a Natal
cheio de saudades...
ou seria ansiedade?
Será que ainda é possível
caminhar as madrugadas nas praias?
Vou a Natal
A saudade que sinto
não é do passado
é do hoje
é da vida.
Vou a Natal
marcar minha vivência
no diário
a família
em grande porcentagem
posta sob a terra.
Vou a Natal
buscar esperanças
na cidade
rever a árvore
que plantaram
em minha homenagem
em fronduzura.
Vou a Natal
sonhando convites
vivas e comemorações
sede para ceder
as tentativas de ficar.
Geraldo Potiguar do Nascimento
Porto Alegre, 11.11.05.
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